Abaixo, os "Ramoníacos" de plantão poderão conferir nova entrevista exclusiva que CJ Ramone concedeu à página CJ RAMONE BRASIL. Nela, ele fala sobre a turnê realizada recentemente no Brasil, seu novo disco e outras curiosidades.
CONFIRAM!!!!
Olá, CJ!!!
Primeiramente, gostaria de agradecer por esta segunda
entrevista que você concede à página CJ RAMONE – BRASIL.
O propósito dessa vez é realizar uma entrevista direcionada
especialmente aos verdadeiros fãs de Ramones e de sua carreira solo. Vamos lá,
irmão:
Há
cerca de um mês você começou uma extensa turnê no Brasil, fazendo 12 shows em
diversos Estados do país. Foi notória a diferença que você empregou no
repertório dessa vez, pois tocou muito mais músicas do álbum Reconquista e
também executou várias do novo disco que está para sair, “Last Chance To
Dance”. Por que decidiu fazer essa grande mudança no repertório? Eu,
particularmente, e creio que os fãs que realmente acompanham a vida dos “Ex-
Ramones”, gostamos muito de ouvir suas canções ao vivo. Posso citar como
exemplo, “Low On Ammo”, que soou realmente bem ao vivo. Então, a que se deve
essa mudança? Pretende manter seus shows cada vez mais calcados em sua carreira
solo?
CJ RAMONE: A
diferença é que agora eu tenho dois discos lançados, “Reconquista” e “Last
Chance To Dance”, ou seja, agora possuo material suficiente para poder tocar
minha própria música. Sempre irei incluir algumas canções dos Ramones em meu
“set-list”, mas eu tenho que ser capaz de andar com minhas próprias pernas.
O
que você pode nos listar de diferenças entre essa última turnê e as anteriores?
CJ RAMONE: Não houve
muitas diferencas, exceto que agora nós somos uma banda muito mais afiada.
Steve Soto, Dan Root e eu temos poucos anos de turnê juntos, mas estamos nos
dando melhor a cada tour.
Qual
ou quais shows mais te marcaram nessa última turnê?
CJ RAMONE: Bem, eu posso dizer que a recepção em todo
o Brasil foi muito incrível. Não tem como destacar apenas um ou alguns shows.
Você
já pode dizer que o Brasil é o país que melhor te acolheu após o fim dos
Ramones? Afinal, você fez diversas turnês aqui nos últimos anos. Nem na
Argentina foi sim, que também é um país apaixonado pelos Ramones.
CJ RAMONE: Eu vou para os países que sou convidado. No
Brasil, trabalhamos com Caca Prates, que nos chamou para voltar três anos consecutivos.
Constantemente temos tentado encontrar um promotor na Argentina para agenda uma
turnê. Todavia, ainda não conseguimos êxito em conseguir fazer essa turnê. Brasil
e Argentina são os dois países com os fãs mais loucos por Ramones.
Em
conversa aqui no Brasil, você me disse que possivelmente virá tocar em Manaus
em março, seguindo, posteriormente, para o Chile. Há mais algum show previsto
no Brasil para o próximo ano?
CJ RAMONE: Estamos planejando isso agora, e espero
que, dessa vez, nós possamos incluir a Argentina.
Dessa
vez seus shows contaram com diversas bandas de abertura, por exemplo, Garotos
Podres em São Paulo, Replicantes e Tequila Baby no Rio Grande do Sul,
Remanescentes em Florianópolis, Magaivers em Curitiba, dentre outras. O que
você achou das bandas de abertura?
CJ RAMONE: Tivemos a sorte de dividIr o palco com
essas grandes bandas que os fãs apoiam. Elas fizeram o show melhor e também
ajudaram a trazer mais fãs aos shows.
Nota-se
que você continua tocando com o mesmo vigor e ainda muito rápido como fazia nos
Ramones. Como você veio do Heavy Metal, certamente não tocava tão rápido, e, se
eu não me engano, você tocava com os dedos antes de entrar nos Ramones. Você
desenvolveu alguma técnica para poder tocar um show inteiro de forma veloz ou
foi mais uma questão de praticar muito? Talvez os dois? Pode nos falar algo
sobre isso? Principalmente para seus fãs que são baixistas...
CJ RAMONE: Minha origem vem do heavy metal e eu tocava
apenas com os dedos. Eu aprendi a usar palheta somente durante as audições para
os Ramones. Eu acabei deixando o meu baixo em uma altura bem baixa, pois isso fazia
com que eu usasse o meu pulso em vez do meu antebraço, evitando cãibras quando
eu tocasse por horas.
Quais
são os instrumentos musicais que você possui hoje em dia?
CJ RAMONE: Agora eu toco somente em baixos Mosrite. O baixo que eu usava na época dos
Ramones eu vendi e posteriormente ele foi roubado.
Há
algo que signifique muito para você e que guarda a sete chaves do tempo dos
Ramones? Um instrumento, presente de algum integrante, algum manuscrito,
gravações...
CJ RAMONE: Não, não. Na verdade, eu não tenho muita
fixação por coisas físicas. Minhas memórias de estar na banda e da minha
amizade com o Joey e Johnny são as coisas mais importantes que levo comigo.
Em
relação ao seu novo álbum “Last Chance To Dance”, ele será lançado aqui no
Brasil? Em caso positivo, há alguma previsão?
CJ RAMONE: Meu novo disco sairá em registros pela
gravadora Fat Wreck Chords, mas não sei se eles possuem distribuição no Brasil.
Tanto
o “Reconquista” como o “Last Chance To Dance”, pelo que deu para observar de “Understand
Me”, soam bem Californianos. Isso fica evidente nas canções e vem conseguindo
grande sucesso. Você pensa em um futuro
disco mudar a forma de gravar, por exemplo, o produtor, músicos, lugar, etc., e
obter uma outra sonoridade? Pergunto isso, pois sei que você pretendia que
Tommy Ramone produzisse o “Reconquista”. Ed Stasium nunca esteve em seus
planos?
CJ RAMONE: Eu pedi para o Ed Stasium produzir o “Last
Chance To Dance”, mas ele não estava disponível no momento. Eu realmente gostei
da forma com que o “Reconquista” soou, então eu decidi fazer o novo disco da
mesma maneira.
Por
muito tempo você tocou com Daniel Rey. Por que ele deixou de integrar a sua
banda? Houve alguma briga, qual a sua atual relação com ele?
CJ RAMONE: Daniel Rey nunca quis ser um membro
permanente. Ele tem a carreira como produtor, muitos projetos e, ainda, ele
toca com algumas bandas. Ele excursionou comigo apenas para ajudar na minha
volta como músico em tempo integral.
Com
quem você gostaria de ter no seu próximo álbum? Certa vez li que você queria
trabalhar algum dia com Mike Ness do Social Distortion. Seria demais! Quais são os planos futuros para a sua
carreira, CJ?
CJ RAMONE: Steve Soto e Dan Root são meus guitarristas
permanentes. O primeiro compromisso deles são com sua própria banda, o “Adolescents,
mas acho que eles combinam muito com o que estou fazendo e estou disposto a
contornar as agendas das turnês deles com as minhas.
Eu, definitivamente, gostaria de fazer algo com
Mike Ness, mas também penso em várias outras pessoas. Espero fazer isso
acontecer em algum momento.
Uma
última pergunta, podemos esperar algum clipe do novo disco? Nós, fãs, iríamos
curtir muito.
CJ RAMONE: Eu estou terminando um video-clipe para o
meu primeiro single e estará disponível muito em breve para os fãs.
Bem,
obrigado pelo seu tempo. Esperamos vê-lo no próximo ano de novo. A página CJ
RAMONE BRASIL começará uma petição pedindo por CJ RAMONE na edição 2015 do Rock
in Rio. Espero que você possa representar o punk rock nesse grande festival.
Vamos precisar da ajuda de muitas pessoas, páginas “Ramoníacas” e a sua também.
Caso queira,
fique à vontade para deixar uma mensagem final, CJ.
CJ RAMONE: Obrigado por todo apoio, irmão, e obrigado,
também, por me submeter ao Rock in Rio. Isso seria realmente algo incrível.
Entrevista por DC.